terça-feira, 27 de maio de 2014

Por essa estrada fora

há uma nova espécie de condutor. O filho do papá, ou um jovem empreendedor (assim, só para não ser muito má :P) que recebeu um beneme último modelo, com matrícula do mês anterior, reluzente e giro que só ele e que vai pela nacional fora, qual piloto de rali, coladinho à traseira do pobre condutor de uma lata com 1200cm3 de cilindrada, neste caso, a minha pessoa, que por momentos até pensa que seria giro travar um bocadinho e ele espatifar a bonita frente do beneme, mas depois isso passa-lhe porque a sua latinha ainda tem de dar muito fogo. Então lá vem o super piloto, coladinho a nós à espera de uma oportunidade para ultrapassar, coisa que não lhe é possível, porque, ou vem um carro em sentido contrário, ou é uma curva, ou tem pouco espaço para se meter entre o meu chaço e o da frente, mas aos poucos ele lá vai conseguindo, uma aceleradela aqui, uma travadela acolá e lá se mete entre o meu chaço e outro que vai à frente, depois acelera a fundo e deixa as pobres latinhas que iam à sua frente e a todo o diesel vai pela nacional fora, numa altura em que já não há curvas, e nunca mais ninguém vê o beneme. Tudo bem que se tem de puxar pelo maquinão, mas moço, não há necessidade de te meteres em perigos só porque é domingo, e o pessoal que conduz latas anda mais devagar um bocadinho. Como uma altura, mon frére me disse, "mais um vale um pé no travão, do que dois no caixão". A propósito, parabéns maninho. Joyeux anniversaire :) Agora vou voltar a meter o nariz nos livros :) Au revoir!

4 comentários:

T. disse...

O que eu odeio esse tipo de condutores! às vezes também me passa pela cabeça travar só para ver se eles aprendem que não se conduz assim;)

Anónimo disse...

Agora fizeste-me lembrar um desses aceleras de carro novo (não era um beneme), aqui há uns anos no Algarve.
Havia uma fila à saída da Meia-Praia e notava-se que o moço estava ansioso por mostrar a cavalagem e a perícia. Saltava da traseira de um para se meter na traseira de outro, até que a seguir ao cruzamento que originava o engarrafamento, meteu as esporas na barriga dos cavalos e aí vai ele.
Ainda não tínhamos andado um quilómetro quando vimos, lá à frente, numa ligeira curva, daquelas que se fazem de prego a fundo, uma poeirada do caraças. Quando chegámos, a "bomba" estava empinada quase até meio de uma árvore, à entrada de uma horta e o "experiente piloto", estava na horta, enrolado na borracha do para-brisas por onde tinha sido cuspido e com os cornos enfiados num monte de tijolos.
Nem o cinto tinha posto...
À noite soubemos que tinha morrido.

SuperSónica disse...

Os aceleras às vezes enervam-me!
Parabéns ao teu mano e bons estudos!!!!

mariaéle disse...

Miss C.,
mete-me uns nervos. Se querem chegar depressa que vão de avião :P




JS,
lá está. Querem ser habilidosos e depois, pufff...




SuperSónica,
também a mim! Obrigada :)